sábado, 29 de novembro de 2008

Toxoplasmose



Para a Sónia que me pediu que falasse de toxoplasmose, aqui ficam algumas noções e esclarecimentos e para todos aqueles que necessitem dessa informação ou apenas gostem de conhecer mais sobre a saúde humana.

A toxoplasmose é uma zoonose de distribuição mundial. É uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Ocorre em animais de estimação e produção incluindo suínos, caprinos, aves, animais silvestres, cães, gatos e a maioria dos vertebrados terrestres homeotérmicos. ( bovinos, suínos, cabras, etc). Acarreta abortos e nascimento de fetos mal formados.
Toxoplasma gondii possui três formas infectantes em seu ciclo de vida: oocisto, bradizoítos contidos em cistos e taquizoítos.
O gato e outros felídeos, que são os hospedeiros definitivos, estão relacionados com a produção e eliminação dos oocistos (ovos) e perpetuação da doença, uma vez que somente neles ocorre a reprodução sexuada do parasitos. Eles ingerem os cistos que estão nos tecidos dos animais homeotérmicos, principalmente dos ratos e pássaros. Após essa ingestão passam a eliminar nas fezes os oocistos não esporulados. No ambiente, atráves de condições ideais de temperatura, pressão, oxigenação e umidade os oocistos levam de 1 a 5 dias para se esporular e se tornar infectante.

Transmissão

A toxoplasmose pode ser adquirida pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados com oocistos esporulados, presentes nas fezes de gatos e outros felídeos, por carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, que abriguem os cistos do Toxoplasma. A ingestão de leite cru contendo taquizoítos do parasito, principalmente de cabras, pode ser uma forma de infecção, mas provavelmente rara, pois a cabra tem de se infectar durante a lactação para que exista a possibilidade de passagem de taquizoítos para o leite.
A toxoplasmose pode ser transmitida congenitamente, ou seja, da mãe para o feto, mas não se transmite de uma pessoa para outra. Seu diagnóstico é feito levando em conta exames clínicos e exames laboratoriais de sangue, onde serão pesquisadas imunoglobulinas como a IgM e IgG. E causada pelo protozoario toxoplasma gondii.A pessoa contrai a doença ingerindo carne (crua ou malcozida) contaminada com o protozoário.

Toxoplasma gondii

O Toxoplasma gondii é um protozoário parasita intracelular obrigatório do grupo dos Apicomplexa, como outros parasitas como o Plasmodium. Há pouca variação entre os toxoplasmas presentes em diferentes partes do globo, podendo-se dizer que só há praticamente uma estirpe. O toxoplasma só pode reproduzir-se se as formas excretadas nas fezes dos gatos forem ingeridas por animais que os (outros) gatos caçam, podendo assim infecta-los. Se for ingerido por seres humanos, a sua reprodução é inviavel, uma vez que só no intestino dos felídeos é que pode adaptar formas em que é excretado.


Ciclo de Vida

O T.gondii assume diferentes formas em diferentes estágios do seu ciclo.
O ciclo inicia-se pela ingestão de cistos presentes em carne (por exemplo de porco, rato ou coelho), pelos felídeos. A parede do cisto é dissolvida por enzimas proteolíticas do estômago e intestino delgado, o parasita liberado do cisto, penetra nos enterócitos (células da mucosa intestinal) do animal e replica-se assexualmente dando origem a várias gerações de Toxoplasma atráves da reprodução assexuada. Após cinco dias dessa infecção, inicia-se o processo de reprodução sexuada, em que os merozoítos formados na reprodução assexuada dão origem aos gametas. Os gâmetas masculino (microgameta) e feminino (macrogameta), descendentes do mesmo parasita ou de dois diferentes, fundem-se dando origem ao ovo ou zigoto, que após segregar a parede cística dá origem ao oocisto. Este é expulso com as fezes dos animais após nove dias (cada gato expulsa mais de 500 milhões de oocistos em cada defecação).
O gato é o hospedeiro do T.gondiiJá no exterior, sofre divisão meiótica (esporulação) novamente após alguns dias, formando-se dois esporocistos cada um com quatro esporozoitos. Uma forma altamente resistente a desinfectante pode durar cinco anos em condições úmidas. Estes são activados em taquizoitos se forem ingeridos por outro animal, chamado hospedeiro intermediário: por exemplo, um rato ou coelho que coma erva em que algum gato ou outro felídeo tenha defecado ou uma criança ou adulto que mexa com os dedos em material contaminado com fezes e depois leve-os à boca. Os taquizoitos multiplicam-se nas células do hospedeiro intermediáio, onde algumas formas formam cistos nos tecidos. As formas activas são destruidas pelo sistema imunitário, mas os cistos permanecem. Se o animal for caçado e devorado por um felídeo, os cistos libertam os parasitas dentro do seu intestino, infectando o novo hóspede definitivo.

Epidemiologia

Existe em todo o mundo. Mais de metade da população, mesmo em países desenvolvidos, tem anticorpos especificos contra o parasita, o que significa que está ou já esteve infectada (o que não significa que tenha tido a sintomatologia da doença, pode ter tido a infecção assintomática). O ser humano é infectado após ingerir oocistos expelidos com as fezes por gatos infectados, ou ao comer carne mal cozida de um animal que tenha ingerido o parasita de fezes de felídeos (ovelhas, vacas e porcos, tal como os humanos são infectados). Levando em conta também, que a modo de contaminação mais comum é ingerindo carne mal cozida e contaminada.
É importante que as mulheres grávidas façam o exame que detecta se elas são imunes a toxoplasmose. Há pessoas e até médicos ignorantes que recomendam o "descarte" do animal da casa onde a mulher vive. O importante para as mães que têm gatinhos e não são imunes para a toxoplasmose, é evitar o contato com as fezes e, conseqüentemente, arrumar outra pessoa pra limpar a caixa de areia ou apenas usar luvas.


Progressão e Sintomas

O Taquizóito é a forma activa no Homem e nos hospedeiros intermediários, com 5 micrómetros. Invade as células humanas e lá se reproduz por mitose, principalmente nos macrófagos, células musculares e cerebrais. Após ruptura da célula, os parasitas descendentes saem para o exterior e invadem novas células. Na maioria dos casos o sistema imunitário entra em ação e destroi todos os parasitas livres, contudo não detecta aqueles poucos que encistaram. Os individuos com sistemas imunitários saudáveis são geralmente assintomáticos. Em indivíduos com SIDA/AIDS, "stress", câncer ou com qualquer outra doença que afete a imunidade, a infecção é grave, pois o sistema imunológico não consegue combater a doença. Se a infecção se der durante a gravidez (o que ocorre em 0,5% das gestações), os parasitas podem atravessar a placenta e infectar o feto, o que pode levar a abortos e a malformações em um terço dos casos, malformações como hidrocefalia podendo também ocorrer neuropatias e oftalmopatias na criança como défices neurológicos e cegueira, mas se a infecção tiver sido antes do inicio da gravidez não há qualquer perigo, mesmo que existam cistos.
Os cistos contém uma forma infectante do parasito, que é o bradizoito, e em vez de se reproduzir rapidamente, formaram antes estruturas derivadas da célula que infectou, forte e resistente, cheia de liquido e onde o parasita se reproduz lentamente. Os cistos crescem e podem afetar negativamente as estruturas em que se situam, mais frequentemente músculos, o cérebro, no coração ou na retina, podendo levar a alterações neurológicas, problemas cardíacos ou cegueira, mas geralmente sem efeitos nefastos. Os cistos permanecem viáveis por muitos anos, mas não se disseminam devido à imunidade eficaz ganha pelo portador, inclusive contra mais oocitos que possam ser ingeridos. Se o indíviduo desenvolver ou for medicado para imunodeficiência, como após transplantes de orgãos, doenças autoimunes ou na SIDA/AIDS, as formas ativas podem ser reativadas a partir dos cistos, dando origem a problemas sérios, com sintomas como exantemas (pele vermelha), pneumonia, meningoencefalite com danos no cérebro e miocardite, com mortalidade alta.

Diagnóstico e Profilaxias

O diagnóstico é pela sorologia, ou seja, detecção dos anticorpos especificos contra o parasita, como as imunoglobulinas IgM, que só existem nas fases agudas, e IgG que está aumentada na fase crônica da doença.
Na maioria dos casos não é necessário tratamento já que o sistema imunitário geralmente resolve o problema. Na gravidez ou em imunodeprimidos usa-se espiramicina, pirimetamina e sulfadiazina, para controlar a multiplicação do Toxoplasma gondii, mas também deve ser fornecido ao paciente ácido fólico ou levedura de cerveja, para regularizar o sistema imunológico.

Prevenção

As mulheres grávidas devem evitar o contato com fezes de gatos, pois estas podem conter oocistos, não ingerir água de origem desconhecida e sem estar fervida, nem carne crua ou mal cozida durante a gravidez. No caso dos gatos, lavar as caixas com água, ferver frequentemente e nunca toca-las por mãos sem luvas. Alimentar os gatos com comida enlatada, ração, água fervida ou filtrada, não lhes permitir caçar animais também reduz o risco e nunca alimentá-los com carne crua ou mal passada.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

FALANDO DE DOR DE CABEÇA

Dor de cabeça é um sintoma, não uma doença. É raro uma dor de cabeça ser o sintoma de uma doença grave, mas dores de cabeça freqüentes e intensas podem ser exaustivas e afetar a vida cotidiana. A dor de cabeça mais comum é a cefaléia tensional, mas a que mais incomoda é a enxaqueca.
Existem três tipos básicos de dores de cabeça. A dor de cabeça vascular ocorre quando os vasos sanguíneos no cérebro se dilatam e pressionam os nervos, causando dor.
O segundo tipo é a dor de cabeça de contração muscular, que ocorre quando os músculos da face, nuca ou base do crânio ficam contraídos e pressionados. Uma dor de cabeça tensional é um exemplo de dor de cabeça de contração muscular. A enxaqueca e a dor de cabeça tensional são chamadas de primárias porque elas mesmas são a doença.
O terceiro tipo é a dor de cabeça secundária, nesses casos a dor de cabeça é o resultado de uma infecção ou aumento da pressão dentro do cérebro. As causas variam de doenças relativamente simples, como a sinusite, até doenças mais graves, como os tumores cerebrais.

Enxaquecas:

Uma teoria sobre a enxaqueca é que ela é causada por uma inflamação do nervo trigêmeo, que enerva a face e o couro cabeludo. A inflamação dos ramos nervosos irrita os vasos que se dilatam. A enxaqueca também tem relação com a serotonina, por isso a enxaqueca e a depressão andam sempre juntas.
As mulheres são mais propensas a enxaquecas do que os homens, e uma certa personalidade do tipo - compulsiva, perfeccionista, e voltada ao sucesso - parece ser mais suscetível a ter enxaquecas. A enxaqueca ocorre junto com a depressão e a ansiedade.

Causas

Um número de fatores físicos e emocionais podem contribuir para as enxaquecas. As enxaquecas podem ser provocadas por uma redução aguda de ingestão de cafeína ou por alergias a certas comidas ou condimentos (entre eles chocolate, café, comidas gordurosas, álcool, frutas cítricas, glutamato monossódico, e nitratos).
O estresse emocional também pode causar enxaquecas, assim como a bebida alcóolica, fumo, modificação na pressão barométrica, ou uma interrupção na rotina dos hábitos alimentares e do sono (todos os quais podem ser responsáveis pelas dores de cabeça "de fim de semana" de alguns pacientes que sofrem desse mal). Os fatores cíclicos, sazonais, ou emocionais também podem associar-se com a tendência para ter enxaquecas. Há um forte componente hereditário na enxaqueca. Muitas mulheres têm enxaquecas pré-menstruais, mostrando que a situação hormonal se associa à enxaqueca.

Sintomas

O sintoma predominante da enxaqueca é uma dor de forte intensidade, pulsátil, de um ou ambos os lados da cabeça. Palidez, transpiração, náusea, e sensibilidade à luz e ao barulho vêm junto com a dor.
Uma sensação de aviso, ou aura, pode indicar uma enxaqueca chegando. Antes de começar a dor, algumas pessoas podem ver luzes brilhantes ou "estrelas cintilantes", e sensação de formigamento nos braços e nas pernas.

Enxaquecas:
diagnóstico,
tratamento e
prevenção.
Nós vimos quais as causas e os sintomas da enxaqueca. Agora examinaremos como diagnosticar, tratar, e preveni-la.

Diagnóstico

As enxaquecas são diagnosticadas com dados de história, ou seja, "ouvir o paciente". O exame físico e neurológico na enxaqueca é normal. Assim, história típica e exame físico normal sugerem enxaqueca.

Tratamento

O tratamento da enxaqueca tem três fases: início da dor, dor já instalada e prevenção.
Na crise aguda de enxaqueca é importante distinguir entre o início da dor e a dor já instalada. No início, a enxaqueca pode ser tratada com analgésicos e derivados do ergot. Na fase de dor instalada os analgésicos não agem tão bem. Nessa fase, os triptanos agem melhor. Entretanto, são medicamentos muito caros.

Prevenção

A prevenção de enxaqueca é possível com vários tipos de medicações. Medicamentos antidepressivos e beta bloqueadores têm sido preventivos nas enxaquecas em muitos pacientes. O paciente deve tomar o medicamento diariamente para impedir que a dor apareça. Não se sabe exatamente como agem os medicamentos para prevenir a enxaqueca, mas eles conseguem impedir o aparecimento da dor e são indicados para os pacientes com dores muito freqüentes e intensas.

Dores de cabeça tensionais

A dor de cabeça tensional ocorre quando os músculos da face, nuca, ou da base do crânio permanecem pressionados por longos períodos de tempo. Elas são mais comuns do que a enxaqueca, porém, mais fáceis de tratar.

Causas

Uma dor de cabeça tensional normalmente ocorre depois de um acontecimento estressante ou cansaço. A tensão então é traduzida ao desconforto físico muitas vezes com contração da musculatura cervical.
A dor de cabeça tensional também podem ser ocasionada por alterações nos olhos, pescoço, dentes, ou maxilar ou pela postura incorreta - especialmente quando se mantém a cabeça em um ângulo inadequado enquanto se lê, dirige, ou assiste televisão.

Sintomas

O principal sintoma dessas dores de cabeça é uma dor em pressão, que ocorre na região frontal da cabeça. Essa dor constante, porém de leve intensidade, ocorre em ambos os lados da cabeça.

Diagnósticos

A avaliação do disgnósico implica em uma revisão dos eventos que normalmente precedem as dores de cabeça, bem como um exame físico para afastar qualquer outra doença que poderia estar causando essas dores. Um exame psicológico pode ser conduzido também para detectar qualquer problema emocional que esteja contribuindo para as dores de cabeça.

Tratamento

Normalmente o tratamento começa com a eliminação da tensão ou corrigindo problemas físicos que estão causando as dores de cabeça. Os analgésicos, relaxantes musculares, e tranqüilizantes podem ocasionalmente ser usados para tratar dores de cabeça de contração muscular. Além disso, medicamentos antidepressivos podem ser eficazes na prevenção de dores de cabeça naqueles indivíduos que sofrem regularmente com elas.

Dores de cabeça secundárias

As dores de cabeça secundárias são sintomas de uma doença, geralmente associada a infecções e tumores. A dor de cabeça associada à sinusite é semelhante à enxaqueca, sendo do tipo pulsátil ou latejante.

Causas

Congestão e infecção nasal são provavelmente a causa principal deste tipo de dor de cabeça. Os seios nasais se encontram dentro dos ossos faciais. Quando o muco, que normalmente flui livremente pelos seios nasais e drena abaixo da nasofaringe ou fora do nariz, não pode drenar propriamente, ele se reúne no seio nasal e causa a pressão excessiva nos tecidos circundantes, ocasionando a dor de cabeça.
Outras causas das dores de cabeça de forte intensidade incluem o aneurisma cerebral (dilatação nas artérias do cérebro) e os tumores cerebrais. O aneurisma pode não causar dor até que se rompa, entrando sangue no cérebro e comprimimdo o tecido cerebral. Tumores cerebrais aumentam a pressão dentro do cérebro, resultando numa dor de cabeça terrível e constante. Alguém que experimenta uma crise inesperada de dor de cabeça intensa ou "a pior dor de cabeça da minha vida" deve procurar um médico imediatamente, porque pode ser um aneurisma.
A febre associada a um resfriado também pode causar dor de cabeça.

Sintomas

A dor associada aos aneurismas é muito forte e aguda e faz a pessoa procurar o médico. Nos tumores, a dor de cabeça é progressiva e vai aumentando de intensidade, sem melhora com o tratamento.

Diagnósticos

Na sinusite a história do paciente inclui febre, tosse que piora quando ele deita, entupimento do nariz, lacrimejamento. No aneurisma é uma dor muito forte que faz a pessoa procurar um médico dizendo ser a pior dor de cabeça que ela já teve. Nos tumores, a dor é progressiva e não responde ao tratamento. Os tumores causam alterações do exame neurológico e os pacientes apresentam outros sintomas, como convulsões. O diagnóstico é feito pela história, exame físico e, às vezes, exames complementares. O mais utilizado é a tomografia computadorizada.

Tratamento

As dores de cabeça associadas à infecção são tratadas de acordo com as suas causas. Aquelas causadas pela infecção nasal podem ser tratadas com analgésicos, antibióticos para acabar com a infecção, ou anti-histamínicos e descongestionantes nasais que ajudam a drenar os seios faciais. Na dor de cabeça associada ao aneurisma, o paciente é internado para posterior cirurgia. Na cefaléia associada aos tumores cerebrais, a conduta também é cirúrgica. Tanto no aneurisma como nos tumores, a dor de cabeça não é uma doença e sim um sintoma de outra doença mais grave.

Prevenção

A prevenção destas dores de cabeça é às vezes possível se a causa for simples, como uma infecção nasal. Por exemplo, se você sofre de dores de cabeça freqüentes associadas aos seios faciais você deve deixar de fumar. Os fumantes parecem particularmente propensos a infecções nasais.
A dor de cabeça inflamatória é um pouco diferente da enxaqueca e da dor de cabeça de contração muscular, mas todas as três obviamente têm isso em comum: elas são extremamente doloridas.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Toque de Celular

Seu telefone celular toca. Você vai atendê-lo, mas não há ninguém do outro lado da linha. Curiosamente, não há nenhuma chamada perdida, além disso, você percebe, depois de um momento, que confundiu o gorjear de um pássaro com o toque de seu telefone celular. O que é bizarro é que essa não é a primeira vez que isso acontece com você. Você provavelmente não está insano - em vez disso, está sofrendo do que veio a ser chamado de ringxiety (ansiedade pelo toque do telefone).
Não é de se surpreender que no mundo crescentemente sem fio e conectado, a humanidade começasse a sofrer de neuroses tecnológicas. Invenções eletrônicas tornaram-se parte das vidas diárias das pessoas no mundo todo. A ansiedade pelo toque do telefone está entre as primeiras destas novas neuroses a surgirem, juntamente com o vício em internet e o fenômeno de "crackberry" (blackberrymaníaco) - uma necessidade compulsiva de uma pessoa em utilizar e verificar seu dispositivo sem fio BlackBerry (um aparelho celular que possui funções de editor de textos, tem acesso à internet e e-mail) . Embora o vício pelo BlackBerry seja um comportamento compulsivo, a ansiedade pelo toque de telefone pode ser um resultado dessa compulsão e de outras similares.
A ansiedade pelo toque do telefone, primariamente alcunhada pelo psicólogo David Laramie, é exatamente o que soa ser: confundir o som de um telefone celular tocando com outro som similar a este. Visto que nenhum dano está feito, à parte de ser um pouco incômodo - especialmente se uma pessoa luta para localizar seu telefone - a maior parte das pessoas parece considerar a ansiedade pelo toque do telefone como uma curiosidade ou um fato da vida sem fio. Contudo, a origem desta alucinação ainda tem de ser exatamente determinada.
Alguns pesquisadores acham que a ansiedade pelo toque do telefone surge a partir de um constante estado de prontidão que poderia ser desenvolvido em usuários de telefones celulares. Antes do advento dos telefones sem fios, ninguém esperaria um telefonema enquanto estivesse dirigindo seu carro, fazendo compras em uma mercearia ou dançando em uma discoteca. Com os telefones celulares, entretanto, há um potencial para se receber uma chamada a qualquer momento. Por causa disso, é possível que nossos cérebros estejam condicionados a esperarem uma chamada constantemente - e, quando a pessoa ouve um tom que a lembre do toque de seu celular, acreditará que é este o caso.
Outros acreditam que a ansiedade pelo toque do telefone - ou, neste caso, o toque fantasma - simplesmente surja da confusão devido à freqüência da maior parte dos ringtones (toques) de celulares comuns e à localização de nossos ouvidos. A maior parte dos ringtones de celulares padrões é reproduzida a uma freqüência de cerca de 1.000 hertz. Seres humanos são particularmente sintonizados para captar sons dentro desta faixa de frequüência, especialmente se forem de tom único, como a maioria dos toques é. Entretanto, devido ao fato de as pessoas terem ouvidos nos dois lados de suas cabeças, é difícil para elas distinguirem a fonte de um som, especialmente nesta freqüência, por exemplo, de um telefone ou de um pássaro lá fora. Para alguns, isso explica o fenômeno do toque fantasma. Isso não é verdadeiro em relação a toques com múltiplos tons, como, por exemplo, uma versão em MP3 de uma canção popular.
Aqueles que optam por ajustar o telefone para "vibrar" em vez de "tocar" não estão imunes a isso também. Até mesmo mais estranho do que o toque fantasma é o fenômeno da vibração fantasma. Isso faz parte também da ansiedade pelo toque do telefone que David Laramie estudou, embora menos idéias em relação a suas origens tenham sido sugeridas. Ela é similar ao toque fantasma, mas a vibração fantasma é uma alucinação física em vez de ser uma alucinação auditiva.
Também é similar a um outro fenômeno bem documentado, chamado de síndrome do membro fantasma. Neste problema reconhecido cientificamente, amputados - pessoas que tiveram seus membros removidos - relatam dor em membros que não mais estão conectados a seus corpos. É possível que as pessoas tenham ficado tão ligadas a seus aparelhos de telefone celular de modo que sejam estes como seus próprios braços e pernas?
Embora a ansiedade pelo toque do telefone seja pouco mais do que um incômodo, pode dizer muito sobre as mentes daqueles que a vivenciam.
Se telefones celulares e BlackBerries tornaram-se tão populares que algumas pessoas imaginam que estão recebendo chamadas, é possível que os usuários tenham se tornado dependentes demais destes dispositivos? Que outros efeitos psicológicos têm estes dispositivos sobre nós?Em seu estudo sobre a ansiedade pelo toque do telefone, David Laramie descobriu uma conexão entre o uso do telefone celular e as experiências com a vibração/toque fantasma. Ele descobriu que dois terços das pessoas que analisou em seu estudo diziam que vivenciavam a ansiedade pelo toque do telefone. Aquelas que vivenciavam mais o fenômeno - 67% da população entrevistada - também eram as que mais faziam uso do telefone. Elas o utilizavam durante mais minutos, tinham contas telefônicas mais altas, tendiam a ser mais jovens e também enviavam mais mensagens de texto .
O fato de que as pessoas que passam mais tempo utilizando seu telefone vivenciarem a ansiedade pelo toque do telefone mais freqüentemente acaba não sendo uma surpresa muito grande. Entretanto, há um outro aspecto do estudo de Laramie que pode ser mais revelador. Ele descobriu que as pessoas que preferiam enviar mensagens de texto às outras tendiam a ser mais solitárias e socialmente ansiosas.
Isso quer dizer que um modo como uma pessoa utiliza seu telefone pode predizer seu tipo de personalidade? Possivelmente. Um outro estudo mostra que os telefones podem afetar diretamente a personalidade de uma pessoa. Especificamente, dispositivos wireless (sem fios) podem nos tornar menos felizes.
Em 2005, a psicóloga Noelle Chesley conduziu um estudo com 1.367 homens e mulheres que trabalham, têm famílias e utilizam telefones celulares. Ela descobriu um aumento no estresse e uma diminuição no nível de satisfação familiar tanto entre homens quanto mulheres que utilizam telefones celulares. Chesley acredita que isso se deve ao que ela e outros pesquisadores chamam de falta de clareza nas tradicionais linhas divisórias entre trabalho e vida familiar.
Esta falta de clareza se dá quando a permeabilidade dos limites de papéis ocorre. Sob esta condição, o papel de uma pessoa em uma parte de sua vida mescla-se com um outro papel. Por exemplo, uma mulher poderia receber uma chamada no trabalho de um de seus filhos procurando pelo controle remoto da TV em casa. Neste caso, o papel de mãe da mulher infiltrou-se em seu papel separado como funcionária.
A interferência da vida familiar no trabalho tem muito mais probabilidade de ocorrer para as mulheres do que para os homens, de acordo com o estudo de Chesley. Entretanto, homens e mulheres sofrem, da mesma maneira, com várias interferências do trabalho na vida familiar e o estudo aponta para os telefones celulares como o motivo pelo qual o trabalho acaba sendo um intruso na vida familiar. As descobertas de Chesley mostram que, enquanto as pessoas com telefones celulares sofrem de aumento de estresse e diminuição de satisfação familiar, o e-mail - uma forma mais "passiva" de comunicação - não produz os mesmos resultados. Isso sugere que os telefones celulares são mais intrusivos do que outras formas de comunicação e nossa felicidade sofre como resultado desta intrusão.
Assim, da próxima vez que você ouvir seu telefone tocar, mas ninguém estiver chamando, ou sentir seu telefone vibrar em seu bolso quando, na verdade, ele está em outra sala, recue por um momento. Talvez seja o momento de ponderar sobre a possibilidade de que você deveria tirar umas férias - em que deixe o celular em casa.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Vamos Falar de TPM


Todo mês, com se fosse um reloginho, algumas mulheres ficam com um monte de sintomas estranhos. Elas podem ficar irritadiças, brigando com suas famílias e amigos sem motivo aparente. Podem esquecer onde colocaram as chaves de seus carros e ter dificuldades para se concentrar nas reuniões de trabalho. Podem ter um desejo incontrolável por chocolate ou se pegar roubando pedaços de pizza depois das crianças terem ido dormir. Ou podem, "do nada", começar a odiar a própria aparência por se acharem inchadas e que seus cabelos estão oleosos e sem vida.
E é fácil descobrir o motivo: tensão pré-menstrual ou TPM. Mas o que é a TPM? Algumas pessoas se referem a ela como "aqueles dias" e fazem pouco caso, como se fosse uma desculpa que as mulheres inventam para comer um monte de chocolate e ficarem mal-humoradas sem que ninguém possa criticá-las.
Mas, os médicos reconhecem que a TPM é um problema real, com sintomas físicos e psicológicos reais. Para muitas mulheres, os sintomas as debilitam a ponto de interferir nas suas vidas.
Neste texto vamos descobrir como os médicos identificam a TPM. Aprenda quais são as causas deste problema e veja como as mulheres que sofrem deste mal podem encontrar um pouco de alívio.
O que é a TPM?
A tensão pré-menstrual (TPM) é um conjunto de mudanças hormonais que dão início a uma gama de sintomas físicos e emocionais nas mulheres. Estes sintomas podem variar de raiva e irritabilidade, a cólicas abdominais e sensibilidade nos seios, e algumas até sentem desejos incontroláveis por certos tipos de comida. A TPM costuma acontecer de 7 a 14 dias antes da menstruação e pára assim que a menstruação começa.
Até 40% das mulheres que menstruam sentem os sintomas de TPM. Na maioria dessas mulheres, a TPM não é nada mais do que uma pequena chateação. Mas em cerca de 5%, os sintomas podem debilitar a ponto de interferir no dia-a-dia.
Há mais de 150 sintomas diferentes associados com à TPM, o que faz com que ela seja um problema difícil de se diagnosticar. Embora não haja um exame específico para a TPM, os médicos podem recomendar exames para excluírem a possibilidade de ser algum outro problema com sintomas semelhantes. Quando os sintomas de uma mulher coincidem com o ciclo menstrual e os resultados dos exames de outras doenças são negativos, a TPM é considerada a causa dos sintomas. Manter um diário sobre os sintomas que você sente a cada mês ajuda bastante a confirmar o diagnóstico.

Algumas doenças que devem ser despistadas para confirmar a TPM:
anemia
distúrbios alimentares
diabete
alcoolismo
hipotireoidismo
efeitos colaterais de anticoncepcionais
pré-menopausa
dismenorréia (cólicas menstruais)
distúrbios de personalidade
síndrome da fadiga crônica
endometriose
doenças auto-imunes
Quais os sintomas da TPM?
Há mais de 150 sintomas físicos e psicológicos associados com a TPM. Estes sintomas podem variar de intensidades leves a graves, dependendo da pessoa e até mesmo do mês.
Os sintomas gerais da TPM incluem:
Psicológicos:
mudanças de humor, por exemplo: choro sem motivo,
depressão, ansiedade, raiva, tristeza ou irritabilidade
mudanças nas funções mentais, incapacidade de se concentrar ou lembrar das coisas
mudanças no impulso sexual, aumento ou diminuição da libido.
Físicos:
náusea, diarréia ou prisão de ventre
fadiga
dificuldade para dormir
dor de cabeça
inchaço
acne
mudança na constituição dos seios
dores nas articulações ou nos músculos
cólicas
desejos incontroláveis por alimentos específicos, especialmente carboidratos,
chocolate e outros doces
aumento no peso
O que causa a TPM
Os hormônios e o ciclo menstrual Os cientistas não sabem qual o motivo exato das mulheres terem TPM ou a razão de umas terem casos mais graves do que outras. Mas eles acreditam que ela se origina em uma combinação de fatores, como: genética, alimentação, fatores psicológicos e mudanças hormonais.
Os hormônios são um dos aspectos mais estudados no que diz respeito às causas da TPM. Ela ocorre perto do final do ciclo menstrual , de 7 a 14 dias antes da menstruação. Durante este ciclo, que dura cerca de 28 dias, um óvulo amadurece e é liberado pelos ovários para que possa ser fertilizado. E os hormônios que têm uma grande participação neste ciclo são o estrógeno e a progesterona.
Após cinco dias de ciclo menstrual, os ovários liberam o hormônio feminino estrógeno. Este hormônio ajuda a deixar o útero mais espesso, possibilitando abrigar um embrião caso a concepção aconteça. Após 14 dias de ciclo, o óvulo é liberado por um processo chamado de ovulação. Após a ovulação, a última fase (lútea) do ciclo menstrual tem início e é aí que os sintomas da TPM costumam aparecer. Durante esta fase, os ovários aumentam a produção de estrógeno e começam a produzir progesterona para preparar o útero para uma possível gravidez. Se o óvulo não for fertilizado, a produção de estrógeno e progesterona cai. Essa queda hormonal faz com que o revestimento do útero morra e seja descartado, levando à menstruação. Assim que a menstruação começa, os sintomas da TPM param após um ou dois dias.
Os pesquisadores acreditam que os hormônios estrógeno e progesterona interagem com certos compostos químicos do cérebro, os neurotransmissores, e que essa interação é que pode acabar afetando o humor e contribuindo para outros sintomas de TPM.
Hormônios e neurotransmissores
Elo genético?
Por que algumas mulheres são mais suscetíveis à TPM do que outras? Alguns pesquisadores acreditam que a resposta esteja relacionada à hereditariedade. Mulheres cujas mães e irmãs têm TPM possuem maior probabilidade de sofrer deste mal também, embora os estudos ainda não tenham provado essa ligação genética. Os pesquisadores acreditam que os seguintes neurotransmissores são afetados pelo estrógeno e/ou progesterona durante o ciclo menstrual e podem causar alguns dos sintomas da TPM:
a serotonina regula os padrões de humor e sono, além de criar sentimentos de bem-estar. Níveis reduzidos de estrógeno durante a fase lútea podem estar ligados a uma queda da serotonina. Os níveis mais baixos de serotonina costumam ser associados a depressão, irritabilidade, raiva e desejo por carboidratos. Todos estes são sintomas da TPM;

o ácido gama-aminobutírico (GABA) é um neurotransmissor associado com ansiedade e depressão. A progesterona pode aumentar a atividade deste neurotransmissor;
as endorfinas aumentam as sensações de prazer e reduzem a intensidade da dor. E tanto o estrógeno como a progesterona podem afetar os níveis de endorfina;
tanto a noradrenalina como a adrenalina são neurotransmissores envolvidos na resposta do corpo ao estresse. O estrógeno pode afetar os níveis de ambas, influenciando a pressão sangüínea, freqüência cardíaca e o humor. Mas se os sintomas são influenciados por níveis maiores ou menores de estrógeno e progesterona, este é ainda um tema cercado por muita polêmica, pois, os estudos costumam produzir resultados conflitantes. Alguns pesquisadores acreditam que o segredo dos sintomas da TPM estão na proporção entre esses dois hormônios durante o ciclo menstrual.
Tratamento para a TPM
Ligação com a alimentação?
Alguns pesquisadores acreditam que a deficiência de cálcio e magnésio (que afeta a comunicação entre as células nervosas) ou o baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia) pode causar os sintomas da TPM, mas ainda é necessário que essas ligações sejam provadas clinicamente.
Sintomas mais leves de TPM podem ser aliviados com mudanças de hábitos simples, através de dietas, exercícios e redução do stress.
Alimentação
Não temos uma medida exata do quanto a alimentação afeta a TPM. Mas algumas pesquisas mostraram que aumentar a quantidade de carboidratos complexos antes da menstruação ajuda a aumentar os níveis de serotonina, e vale lembrar que a deficiência desse neurotransmissor foi ligada à depressão causada pela TPM. Embora os carboidratos complexos (como os encontrados em grãos integrais e vegetais) sejam bons durante a TPM, os carboidratos simples (como os presentes nos doces e no pão francês) podem acabar aumentando a retenção de líquidos, a irritabilidade e outros sintomas da TPM.
Os especialistas também recomendam que as mulheres em idade menstrual tomem vitaminas, especialmente um polivitamínico diário que contenha ácido fólico, essencial para o crescimento do feto caso a mulher engravide, e suplementos de cálcio com vitamina D, que ajudam os ossos a ficar fortes e também podem ajudar a aliviar os sintomas da TPM. Alguns pesquisadores acham que a Vitamina B6 pode aliviar os sintomas, especialmente a depressão, mas sua eficácia ainda não foi comprovada e é importante ter em mente que doses muito altas - de 500 mg a 2 000 mg por dia - podem causar danos ao sistema nervoso.
Os nutricionistas, às vezes, recomendam que mulheres com TPM comam várias refeições pequenas no decorrer do dia em vez de três refeições maiores. Comer muitos alimentos de uma só vez pode causar um "efeito gangorra" no nível de açúcar no sangue e algumas pessoas alegam que isso pode aumentar os sintomas da TPM.
Especialistas dizem que certos alimentos devem ser evitados, entre eles:
cafeína, já que pode aumentar a irritabilidade, o nervosismo e a insônia; álcool, pela possibilidade de agir como um depressivo; sal, devido a sua capacidade de aumentar a retenção de líquidos e inchaço.As mulheres também devem evitar a nicotina, já que ela, além dos outros riscos já conhecidos, pode afetar os sintomas da TPM da mesma maneira que a cafeína.

Um estudo de 2005 descobriu que mulheres que tinham uma alimentação rica em vitamina D e cálcio apresentavam um risco menor de desenvolver a TPM. Para conseguir notar um benefício, as mulheres que participaram do estudo tiveram que comer ao menos 1.200 miligramas de cálcio e 400 UI de vitamina D por dia. Os pesquisadores não sabem o motivo exato pelo qual a vitamina D e o cálcio impediram os sintomas da TPM, mas dizem que pode ter alguma relação com o efeito causado pelo cálcio sobre o estrógeno durante o ciclo menstrual.
Exercícios, redução de stresse e remédios
Exercícios
Durante a malhação, os níveis dos compostos químicos chamados beta-endorfinas aumentam. E isso produz um impacto positivo sobre o humor e o comportamento. Especialistas afirmam que se exercitar ao menos três vezes por semana pode reduzir a raiva, a depressão e combater o stresse durante a TPM.
Redução de stresse
Embora o stresse não cause a TPM, ele pode piorar seus sintomas. Por isso, pode ser uma boa idéia procurar técnicas de relaxamento como meditação e ioga, que costumam surtir efeito no alívio do stresse.
Medicamentos
Quando o controle da alimentação, os exercícios e a redução de stresse não são o bastante para aliviar os sintomas, talvez seja a hora dos medicamentos entrarem em ação. Remédios que não precisam de receita médica, como os que contêm acetaminofeno e ibuprofeno podem aliviar as cólicas e outras dores menores. Há medicamentos direcionados a mulheres que estão sofrendo com os sintomas da TPM. Esses medicamentos normalmente são uma combinação de diuréticos e aspirina ou acetaminofeno para a dor. Os diuréticos são uma maneira de impedir a retenção de líquidos para aliviar o inchaço. Já para as mulheres com TDPM, os antidepressivos como o hidrocloreto de sertralina e fluoxetina, podem ser uma alternativa para aliviar a depressão. Nos casos mais graves, há a possibilidade de usar anticoncepcionais para fazer a ovulação parar de vez.
TDPM
A irritabilidade, o inchaço e o desejo por alimentos que ocorrem na TPM podem fazer com que muitas mulheres sintam bastante incômodo a cada mês. Mas, de 3 a 5% das mulheres em idade fértil sofrem de TPM de forma mais grave, e isso recebe o nome de Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM). Embora haja polêmica entre os especialistas quanto à distinção entre a TPM e a TDPM, esta última pode ser diagnosticada em um pequeno número de casos. Para que seja diagnosticada portadora da TDPM, a mulher deve sentir ao menos cinco dos sintomas de TPM durante o período entre a ovulação e a menstruação, e um deles deve ser:
ânimo claramente depressivo
ansiedade ou tensão perceptível
tendência ao choro ou tristeza repentina
irritabilidade ou raiva constante .
Os outros sintomas podem englobar:
falta de interesse em atividades
falta de energia
mudanças de apetite
insônia ou fadiga
dor de cabeça
dores musculares ou nas articulações
inchaço
aumento de peso
mudança na constituição dos seios

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

ANOREXIA


Anorexia nervosa

A anorexia nervosa é classificada como uma doença psiquiátrica, do grupo dos transtornos alimentares. As pessoas afetadas por ela se recusam a apresentar um peso considerado normal para sua idade e altura. Pessoas com anorexia apresentam um medo muito grande de ganhar peso e têm uma visão alterada de sua imagem corporal.
Há poucos dados sobre a freqüência da doença na população. É mais comum em mulheres. Aproximadamente 1% das adolescentes ou mulheres jovens apresentam anorexia, mas esse dado pode estar subestimado. Embora menos freqüente, também pode acontecer em adolescentes do sexo masculino
As possíveis causas da anorexia

A causa exata da anorexia nervosa é
desconhecida, mas atitudes sociais em relação à aparência corporal parecem ter um papel importante.
Contribuem para a doença fatores genéticos, constitucionais, psicológicos, traumas pessoais, estrutura familiar, fatores sociais e culturais. A maior parte dos casos apresenta envolvimento de mais de um fator.
A anorexia é uma doença do mundo ocidental mais freqüente em mulheres que trabalham como modelos, bailarinas ou outras profissões que exijam manutenção do peso. A puberdade, mortes na família e outros eventos estressantes são fatores que podem desencadear a doença. Outro ponto importante é a pressão familiar ou no trabalho para perder peso. Além disso, normalmente quem sofre de anorexia nervosa dá atenção aos comentários de outras pessoas sobre o seu peso. A anorexia nervosa usualmente acontece na adolescência ou na fase de adulto jovem. As mulheres brancas de alta escolaridade são as que apresentam maior risco da doença. Algumas teorias mostram uma correlação forte entre um padrão de comportamento dos pais que são muito exigentes em relação aos filhos e o risco da doença. Os filhos de pais autoritários, em vez de se rebelar, optam por procurar áreas em que eles tenham o controle como, por exemplo, em relação aos hábitos alimentares.
Sintomas

A maior parte das pessoas com anorexia nervosa se recusa a reconhecer que apresenta a doença. Os sintomas mais freqüentes incluem:
Peso pelo menos 15% abaixo do esperado, mas freqüentemente mais baixo ainda (reduções percentuais maiores);
Uso exagerado de laxativos, enemas, diuréticos ou vômitos provocados;
Auto-imposição de restrições alimentares que são escondidas do restante da família - o paciente inventa regras sobre a quantidade de comida que deve comer e a quantidade de atividade física que deve ser feita para contrabalançar a ingestão da comida;
Alterações menstruais;
Atrofia da musculatura esquelética;
Perda de gordura corporal;
Pressão arterial muito baixa;
Erosões dentárias em decorrência do vômito auto-induzido; a acidez do vômito corrói o esmalte dos dentes;
Pele amarelada;
Depressão.
Outros sintomas incluem sensação de empachamento (estufamento) após refeições muito pequenas, perda do interesse em sair com amigos, cansaço, sensação de frio, prisão de ventre e dor de estômago (dispepsia). Alguns pacientes também desenvolvem outras doenças, como a bulimia que é um outro tipo de transtorno alimentar que pode estar associado à anorexia.
A anorexia nervosa pode se manifestar de duas formas. Na primeira delas a pessoa perde peso e tem uma visão distorcida do próprio corpo. Neste caso a pessoa, apesar de se achar muito gorda, não faz exercício físico e nem abusa de laxativos, diuréticos e outros medicamentos. No segundo tipo, além de praticamente não se alimentar, a pessoa ainda pratica atividade física de forma exagerada e faz uso de medicamentos.
Diagnóstico
O diagnóstico de anorexia nervosa é de exclusão, ou seja, ele é feito após outras causas de perda de peso terem sido afastadas. Pode ser necessário pedir exames de sangue, como dosagens hormonais para pesquisar hipertireoidismo, doenças da adrenal e alterações menstruais.
Tratamento

O maior desafio no tratamento da anorexia nervosa é fazer a pessoa reconhecer que ela apresenta uma alteração do comportamento alimentar e que se trata de uma doença. O paciente com anorexia nervosa nega a doença. O reconhecimento da doença pode acontecer somente em fases muito avançadas da doença, em que os riscos para a saúde são muito elevados.
O objetivo principal do tratamento da anorexia nervosa é fazer com que a pessoa volte a se alimentar normalmente, com conseqüente ganho de peso. Para isso é necessário suporte de psicoterapia, uso de medicamentos antidepressivos, terapia comportamental e terapia familiar. Nos casos mais graves pode ser necessária a internação hospitalar com prescrição de nutrição parenteral por via endovenosa para que o paciente ganhe peso.
Há associações de pacientes com anorexia que podem ajudar no tratamento de pacientes com a doença. Pessoas com diagnóstico de anorexia e que conseguiram superar a doença podem ser um estímulo importante para as que ainda não conseguiram.

Prognóstico

O prognóstico da anorexia nervosa é ruim nos casos graves, com mortalidade de 10%. Mesmo nos casos que respondem positivamente ao tratamento é comum o aparecimento de recidivas. As mulheres mais jovens apresentam o melhor prognóstico. O tratamento deve ser mantido a longo prazo para evitar recidivas da doença mesmo que a pessoa já tenha recuperado parte do peso.
Nos casos graves, a perda de peso é muito grande (acima de 15%) com um tempo de duração da doença mais longo - há vários anos sem melhora, abuso de vômitos, laxativos, exercício físico e aparecimento de algumas complicações como infecções e demaios.
A morte acontece por infecções. Um dos casos mais marcantes no Brasil foi a morte da modelo Ana Carolina Reston, que morreu em 2006. Ela não tomava água, e isso fez surgirem cálculos renais. A presença de um cálculo aumenta o risco de infecção em uma pessoa com baixa imunidade. A infecção vira sistêmica.
Outra causa freqüente de morte são as arritmias. O vômito induzido espolia potássio. Um nível baixo de potássio causa arritmias.
Quando suspeitar que alguém próximo a você tem anorexia?
Se sua filha começar a restringir a ingestão de alimentos às refeições, fazer muita atividade física, e se preocupar excessivamente com o peso, você deve ficar alerta em relação à anorexia e procurar ajuda médica se necessário. O diagnóstico precoce no início da perda de peso pode reduzir a gravidade da doença e melhorar o prognóstico.
Quando alguém com diagnóstico ou suspeita de anorexia nervosa apresentar desmaios, pulso irregular ou convulsões, deve ser encaminhado ao pronto-socorro porque há risco de complicações graves e morte.
Há como prevenir a anorexia?
É muito difícil prevenir a anorexia nervosa. É muito importante, dentro do próprio seio familiar, incentivar uma atitude positiva e realista em relação à dieta e à prática de atividade física. Já em se tratando de uma pessoa com preocupação excessiva com o seu próprio peso peso, um aconselhamento precoce com profissional qualificado pode evitar a doença.
Complicações decorrentes da anorexia nervosa
As complicações mais freqüentes incluem:
- desidratação grave que pode evoluir para choque hipovolêmico (incapacidade de manter a pressão arterial pela falta de ingestão de líquidos);
- alteração do equilíbrio hidro-eletrolítico: o balanço hidro-eletrolítico do corpo humano depende de vários íons como sódio, potássio e cloreto; na anorexia nervosa, os vômitos provocados, o uso de laxantes e a falta de ingestão de líquidos podem levar a alterações importantes desses íons que podem causar arritmias cardíacas e convulsões;
- arritmias cardíacas;
- desnutrição grave e suas conseqüências, como aumento do risco de infecções generalizadas;
- alterações da função da tireóide: muitos pacientes com a doença podem fazer uso de hormônio tireoidiano como uma forma de perder peso;
- aparecimento de lanugem semelhante à que existe nos bebês;
- inchaço (edema);
- diminuição dos leucócitos (glóbulos brancos) com risco de aparecimento de infecções;
- alterações renais com aparecimento de calculose e infecções de trato urinário pela ingestão insuficiente de líquidos;
- osteoporose;
- aumento da freqüência de suicídio.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Vamos falar de gripe


Todo inverno, como um relógio, a gripe retorna. Ela contagia boa parte da população mundial - cerca de 600 milhões de pessoas por ano. No mundo todo, a gripe mata quase meio milhão de pessoas anualmente.
A gripe causa tosse, espirros e dores no corpo que podem durar de dias a semanas. Grande parte das pessoas acha que a gripe é um assunto sem importância, mas ela pode ser uma doença muito perigosa.
No Brasil e em Portugal há campanhas de vacinação contra a gripe voltadas principalmente aos idosos. Segundo o Ministério da Saúde recebem a vacina 84% dos idosos. Também os trabalhadores da área de saúde e a população carcerária são alvo de campanhas de vacinação.
No hemisfério norte, janeiro e fevereiro são os meses em que ocorrem mais casos de gripe. Já no hemisfério sul, as epidemias de gripe ocorrem nos meses de junho a agosto. Durante esses períodos, as pessoas aparecem com a doença e rapidamente a transmitem para amigos, familiares e colegas de trabalho. As escolas são particularmente famosas por espalharem a gripe, pois os alunos ficam em contato direto uns com os outros. E quando uma criança pega o vírus, ela com freqüência o traz para casa e o espalha para o resto da família. O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (National Institute of Allergy and Infectious Diseases ) estima que, a cada ano, uma a cada três famílias com crianças em idade escolar se contamina com a gripe.
Como a gripe se espalha?
A gripe é altamente contagiosa. Ela se espalha principalmente por meio da tosse e do espirro. Digamos que você tenha o vírus da gripe. Cada vez que você tosse ou espirra, libera estas pequenas gotas de fluido no ar. Estas pequenas gotas se espalham até mais ou menos um metro de distância. Se algumas destas gotas chegarem ao nariz ou à boca de uma pessoa que está próxima, é provavel que ela fique tão doente quanto você, em geral em um prazo de um a quatro dias. Você também pode espalhar o vírus se tocar em alguma coisa (como uma maçaneta de porta) depois de ter espirrado ou tossido com a mão na frente da boca. Então, outras pessoas vêm e tocam a mesma maçaneta ou mesa e colocam suas mãos no nariz e na boca.
Quem corre risco?
Qualquer pessoa pode pegar gripe, mas alguns grupos são mais suscetíveis que outros e correm um risco maior de complicações sérias e até mesmo de morte. Os grupos de risco incluem:
crianças com menos de 2 anos - cujo sistema imunológico ainda não se desenvolveu completamente idosos com mais de 65 anos - a maior parte das mortes causadas pela gripe é entre idosos qualquer pessoa que tenha uma condição médica crônica - como asma ou diabetes mulheres grávidas agentes de saúde pessoas que residem em asilos A OMS recomenda que indivíduos que se encaixam nos grupos de alto risco tomem a vacina da gripe anualmente.
Como tratar?
Infelizmente, não existe nenhum tipo de remédio que cure a gripe. A penicilina e outros antibióticos não funcionam, porque matam apenas bactérias, e a gripe é causada por um vírus. Existem, contudo, algumas drogas anti-vírus aprovadas, inclusive o Symmetrel, o Flumadine, o Relenza e o Tamiflu, que tem provado diminuir a duração da doença. O Relenza (zanamivir) e o Tamifu (fosfato de oseltamivir) são inibidores de neuraminidase. Eles bloqueiam a ação da proteína que se chama neuraminidase (e que fica na superfície da célula) e ajudam o vírus da gripe a entrar e sair da célula. Os inibidores de Neuraminidase prendem o vírus dentro da célula. O Relenza (zanamivir) libera bolhas que se ligam às proteínas de neuraminidase, evitando que o vírus saia da célula contaminada e se espalhe para outras células .
Ao evitar que o vírus se espalhe para outras células, o Relenza e o Tamifu diminuem a gravidade e duração do tempo da gripe. O symetrel e o Flumadine também diminuem a gravidade e a duração da gripe, mas funcionam apenas com a gripe "tipo A". Ambos são medicamentos antivirais que funcionam bloqueando a multiplicação do vírus.
Todas as quatro são vendidas apenas com receita médica e têm efeitos colaterais, portanto, só devem ser tomadas quando indicadas por um médico.
O mais aconselhável para o tratamento da gripe é o repouso e ingestão de muito líquido. Remédios para a gripe vendidos sem receita podem aliviar temporariamente alguns dos sintomas. A aspirina pode aliviar a febre e as dores, mas não deve ser tomada por crianças ou adolescentes devido ao risco de uma doença rara, mas potencialmente danosa, chamada Síndrome de Reye .

Como você pode evitar a gripe?

A melhor maneira de se evitar a gripe é praticar uma boa higiene. Aqui estão algumas dicas: lavar as mãos com água morna e sabão evitar o contato com qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando Se estiver gripado, você pode evitar a contaminação de outras pessoas:
ficando em casa até que esteja se sentindo melhor cobrindo a boca e o nariz com um lenço toda vez que tossir ou espirrar lavando bem as mãos com água morna e sabão se as tiver usado para cobrir a boca ao espirrar ou tossir Lembre-se de que você pode espalhar a gripe por até sete dias depois de ter ficado doente, portanto, tenha cuidado mesmo depois que a maior parte dos sintomas tiver desaparecido.

A vacina da gripe
Outra forma de prevenir a gripe é tomando a vacina no início de cada estação da gripe. Quanto mais cedo melhor, pois leva cerca de duas semanas para que a vacina mostre seu efeito protetor por completo. Em especial, as crianças com idade abaixo de 9 anos, que nunca tomaram a vacina, devem tomá-la logo no início porque precisarão tomar duas doses da vacina com um intervalo de um mês. A vacina da gripe funciona como um despertador da resposta do sistema imunológico do organismo. Quando você toma a vacina, o seu corpo reconhece o vírus como um invasor e produz anticorpos contra ele. A próxima vez que o seu corpo encontrar o vírus, vai se lembrar de que o vírus é um invasor hostil e rapidamente irá produzir anticorpos para matá-lo.
Mas se o seu corpo se lembra do vírus, por que você precisa tomar a vacina da gripe a cada ano? Primeiro, porque os tipos de vírus são diferentes e mudam a cada ano. Segundo, porque a imunidade declina com o tempo.
A vacina da gripe nos EUA vem em duas formas: injetável e spray nasal.
A injeção, que normalmente é dada no braço, é formada por três vírus diferentes. Os três tipos são escolhidos por cientistas que trabalham em laboratórios no mundo todo. Eles coletam vírus da gripe e prevêem quais tipos prevalecerão na próxima estação da gripe. Os vírus na injeção estão inativados, o que significa que não podem contaminar.
A vacina de spray nasal é chamada com freqüência de LAIV - Live Attenuated Influenza Vaccine (Vacina de Gripe Viva Atenuada) e, ao contrário da injetável, usa uma versão enfraquecida do vírus vivo. Como a injetável, ela contêm três tipos diferentes de vírus. Quando o LAIV é borrifado no nariz, funciona de forma similar à injetável, estimulando o sistema imunológico a desenvolver anti-corpos contra o vírus.
A vacina nasal é eficaz?
Um amplo estudo descobriu que ela reduz a incidência de gripe em crianças pequenas (de 1 a 7 anos) em 92%. O estudo não testou a eficácia do spray em adultos. Por ser uma vacina com vírus inativados (porém vivos), a LAIV é recomendada apenas para pessoas saudáveis com idades entre 5 e 49 anos.

Quem deve ser vacinado?

Qualquer pessoa que esteja no grupo de alto risco - o que em Portugal, segundo o Ministério da Saúde, são os idosos, trabalhadores em saúde e a população carcerária. Para essas pessoas há campanhas anuais específicas. A vacina também é oferecida - sem campanhas - em 38 Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais para pessoas para as quais a gripe e suas complicações apresentam maior risco em razão de patologias como cardiopatias, nefropatias, diabetes mellitus insulinodependente, cirrose hepática, hemoglobulinopatias. Portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e imunocomprometidos (transplantados, pacientes em tratamento de câncer, asmáticos, portadores de HIV e miopatias) estão nesse mesmo grupo. Também os parentes dessas pessoas podem ser vacinadas (por indicação médica).
Nos EUA, o CDC recomenda que todas as crianças, com idades entre 6 a 23 meses, tomem a vacina. As crianças muito pequenas têm maior probabilidade de ser hospitalizadas (e de morrer em conseqüência da gripe) do que crianças mais velhas e adultos. Como crianças com menos de 6 meses são muito novas para tomar a vacina com segurança, todas as pessoas à sua volta devem ser vacinadas também.
Adultos com idade acima de 65 anos também devem ser vacinados, assim como qualquer pessoa com uma doença crônica, como asma ou diabetes. Além disto o CDC recomenda que mulheres grávidas e pessoas que trabalham no serviço de saúde sejam vacinadas também.
Quem não deve ser vacinado?
Pessoas alérgicas a ovos não devem ser vacinadas, pois o vírus da gripe é cultivado em ovos e pode causar uma reação alérgica grave.
Outras pessoas que não devem receber a vacina de gripe são:
pessoas que já tenham tido uma reação forte em conseqüência de uma vacina qualquer pessoa que tenha desenvolvido Síndrome de Guillain-Barre, rara doença do sistema nervoso, em um período de seis semanas após ter tomado uma dose da vacina crianças com menos de 6 meses de idade qualquer pessoa que estiver com febre
A vacina tem efeitos colaterais?
Efeitos colaterais graves são raros, mas muitas pessoas se queixam de sintomas de gripe fraca, inclusive febre, dores musculares e cansaço. Os efeitos colaterais geralmente começam algumas horas após receber a vacina e podem durar cerca de dois dias.
RECEITAS DE CHÁ
Como gosto de indicar a meus pacientes medicação natural sempre que ela é possível e adequada, deixo a vocês duas receitas de chá para a gripe.
Receita 1
Um pedaço pequeno de gengibre
3 dentes de alho
1 limão
1 e meia xícara de água
Lave bem os ingredientes. Em uma panela, coloque o gengibre picado e a água. Leve ao fogo. Deixe ferver por cinco minutos, acrescente o alho picado e desligue o fogo. Adicione o limão em rodelas ou apenas o suco e abafe. Quando estiver morno, coe e beba.
Atenção: Nunca ferva o limão, para evitar o gosto amargo, nem guarde o chá por muitas horas.
Receita 2
Este chá é excelente para tomar antes de dormir.
2 folhas de eucalipto
Uma colher de chá rasa de alecrim
Algumas folhas de hortelã
1 e meia xícara de água
Lave bem as ervas, coloque-as em uma panela, adicione a água e leve ao fogo. Quando ferver, desligue o fogo e deixe abafado. Tome morno.
Desejo ter podido ajudar quem neste momento esta resfriado.
Um abraço .

Obrigado


Agradeço muito ao casal amigo que criou para mim este espaço. Sempre tive uma secreta vontade de escrever mas a preguiça foi maior.
Mas hoje que me foi oferecido e como sou médico farei dele um espaço informativo sobre doenças, tentando esclarecer duvidas de forma acessível.
Se eventualmente algum leitor se interessar e quiser colocar alguma questão estarei aqui para ajudar respondendo todas as duvidas.
Agradeço muito à Maria e ao Gonçalo por este espaço.
Um abraço com carinho

Amizade por ti

Há muitas formas de demonstrarmos o carinho e afecto por um amigo. Mas acreditamos que nenhuma delas será algum dia suficiente para expressar o quanto é importante para nós, Druida. Deus colocou na nossa vida um irmão, de sangue e de alma, a quem tudo ou muito devemos.
Criamos este espaço para si, para que possa compartilhar com o mundo um pouco da sua imensa alma e bondade. Onde possa mostrar o que o conhecimento, a ciência e a compaixão podem e devem fazer pelo ser humano; no fundo, é o seu testemunho vivo.
É com todo o amor e uma profunda amizade que lhe oferecemos as páginas deste livro virtual. Que Deus o proteja, ilumine e abençoe, querido amigo.

Maria Manuel e Gonçalo de Assis